quinta-feira, 30 de junho de 2011

No interior do Velho Mosteiro

Sirvalen empurrou o pesado portão do mosteiro e entrou seguido pelos demais.. O corredor avançava por 3 metros e dobrava a esquerda de onde se percebia uma luminosidade bruxuleante. Estavam preparados para o combate, escudos erguidos e armas em punho. Avistaram um amplo salão, iluminado por tochas. Nas laterais haviam reentrâncias que chamavam  a atenção embora não fosse possível distinguir o que era. Logo a frente uma rachadura não muito larga e profunda atravessava a sala de lado a lado, mas que não possuía mais que  50 centímetros de largura. O piso logo após a fenda era inclinado e se prolongava até o final do salão onde no topo estavam 3 criaturas imponentes, maiores que humanos, com feições caninas.  Sirvalen e Shantala pularam a fenda e iniciaram a percorrer o salão, subindo até o ponto onde estavam as criaturas. Era uma armadilha. Um dos gnolls acionou o mecanismo próximo ao fundo da sala e imediatamente as reentrâncias laterais se abriram e areia começou a escorrer tornando o avanço pelo piso inclinado difícil e escorregadio. Os 3 gnolls avançavam, atacavam e recuavam se aproveitando da situação difícil  dos anões que tentavam avançar. Tewdric e Clariion, iniciaram a disparar seus poderes sobre os 3 gnolls, dando cobertura ao paladino e ao guerreiro. A tática foi perfeita, pois logo ambos alcançaram a área plana no topo e engajaram na batalha corpo a corpo com os gnolls que não resistiram ao ataque combinado dos 4 aventureiros.
Visão inicial do salão..

Os anões avançando contra os gnolls..

A armadilha dificultava a subida...

No topo, o grupo começa a reverter a situação.

 A porta ao fundo da sala era similar a da entrada,igualmente pesada, feita de pedra. Forçaram a porta que fez um grande estrondo ao abrir. Uma escadaria se abria frente a eles, mas não revelava o que vinha pela frente. Avançaram, determinados. Já a meio caminho da escadaria puderam vislumbrar a sala a frente. Um grande sarcófago ao centro, cercado por quatro outros menores dominava a cena. Ao fundo um altar. Dois gnolls que estavam ao lado do sarcófago maior avançaram contra Sirvalen. Próximo ao altar, um gnoll arqueiro iniciou a disparar suas flechas. A batalha foi sangrenta. O grupo sofreu uma resistência maior nesta sala, o clérigo estava tendo muito trabalho para manter seus companheiros em combate. Eram 6 inimigos no total pois 3 hienas também se juntaram a batalha. Em uma luta ferrenha os inimigos foram caindo um a um. Não havia tempo para a descanso, pois assim que  os inimigos haviam sucumbido, barulho vindos de uma porta lateral  os impeliu a avançar.


Visão da sala ao descer a escadaria
Hienas atrás do sarcófago....
Shantala parte em ajuda de Sirvalen...
O último gnoll cercado
 Adentraram a sala,  mais 4 gnolls mas um deles se destacava pelo seu tamanho e força, empunhava um escudo e uma clava e imediatamente avançou ameaçadoramente para conter o avanço do grupo. Percebendo o perigo que esta criatura oferecia, o grupo disparou  seus melhores ataques contra ele que tombou rapidamente ao ataque concentrado. Um sentimento de euforia tomou conta do grupo, pois haviam obtido uma grande vantagem, passaram a combater os arqueiros em um combate corpo a corpo. Neste momento o pior aconteceu...

Sem tempo para descanso...
Ataque concentrado no gnoll ameaçador...

Notas do Mestre Segor:
Estamos jogando a aventura Thunderspire Labyrinth mas  neste episódio resolvemos utilizar o encontro 4 do livro Dungeon Delve: A 4th Edition D&D Supplement (D&D Adventure) para representar a Velha Abadia.
 Os cenários utilizados são da Kimiron Miniaturas e  Dire Tombs: Dungeon Tiles;

sábado, 25 de junho de 2011

Abadia da Atalaia


Marchávamos sem parar por quase 8 horas pela Estrada do Rei com destino a Queda Escarpada. A travessia pelos Montes Sepulcrais mais uma vez me deixava inquieta. Sendo uma paladina, já ouvira muitos relatos sobre o mosteiro destinado a Bahamut e a ordem militar de paladinos que outrora mantinha sua base naquele lugar. Tinha uma atração especial por conhecer estas ruínas, mas nunca antes tivera oportunidade. Até aquele momento. 
Repentinamente avistamos carroças em chama, muitos corpos humanos  espalhados ao redor. Aparentemente um grupo de mercadores e pelos vestígios o ataque tinha ocorrido a pouco mais de uma hora. Não havia sinal da carga.
Estávamos na encruzilhada da Estrada do Rei com uma velha estrada de pedra. Os rastros estavam frescos e seguiam pelo caminho da antiga abadia. Com o coração disparado, senti a oportunidade que surgira. Impetuosamente partimos no encalço dos rastros.
A antiga estrada estava muito mau conservada,  a vegetação crescia pelo caminho ingreme. Seguíamos os rastros cautelosamente, sabendo que a qualquer momento encontraríamos quem fizera aquilo. Enfim, 3 horas se passaram até que avistamos as ruínas do antigo mosteiro. Aparentemente era para lá que o grupo que atacara os mercadores havia se dirigido.
Furtivamente nos aproximamos da entrada. Não havia vigias ou qualquer sinal de vida naquele local. O silencio era agourento. Apesar do cansaço, decidimos entrar.....

"Shantala, Paladina de Moradin – Ordem Branca de Martelo Vigente"


Entrada da Velha Abadia da Atalaia


Notas do Mestre Segor: 
Estamos jogando a aventura Thunderspire Labyrinth  mas  neste episódio resolvemos utilizar o encontro 4 do livro Dungeon Delve: A 4th Edition D&D Supplement (D&D Adventure)para representar a Velha Abadia.
 Os cenários utilizados são da Kimiron Miniaturas;


sexta-feira, 24 de junho de 2011

O mensageiro


Havia ido até  o portão principal, entregar uma encomenda ao Capitão Rond  Kelfen,  chefe da guarda e naquele dia  em serviço no acesso externo da muralha. Já era quase fim da tarde e presenciei a chegada daquele cavaleiro. Era um mensageiro e a julgar pelo estado do  pobre do cavalo e dele próprio, a mensagem devia ser importante. Estavam em péssimo estado, não descansaram na estrada.
O capitão interpelou o mensageiro e ficara sabendo que viera de Campo Eufônico do Baronato do Assento do Córrego. Fora enviado por Barão Stockmer e necessitava falar com Lorde Ernest Padraig.
            Não demorou muito para que o mensageiro fosse escoltado até a presença do Lorde, enquanto seu animal  ficara sendo tratado na estrebaria.
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            Em um breve relato, Lorde Padraig ficara sabendo do infortúnio que se abatera sobre  seu velho amigo, Barão Stockmer. Doze moradores da  região, incluindo 2 de seus filhos foram raptados a cerca de 10 dias. Necessitava de ajuda para resgatá-los e ouvira dos feitos que o grupo de aventureiros fizera pelo Abrigo do Inverno. Solicitava encarecidamente que Lorde Padraig intercedesse em seu nome pedindo que lhe prestassem ajuda nesta importante missão.
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            Naquela mesma noite Lorde Ernest Padraig convoca os 4 amigos para um jantar em sua residência na casa principal. Todos já sabiam do motivo, a chegada do mensageiro já era do conhecimento de todos na cidade. Rumores da má sorte que se abatera sobre o baronato já eram contados por todos os cantos e muitas versões já corriam aos quatro ventos.
            Lorde Padraig como de custome fora direto ao assunto. Não havia tempo a perder e o grupo sabia disto.  Prontamente Clariion em nome do grupo comunicou que partiriam pela manhã cedo ainda no clarear do dia. Entre eles já  haviam discutido o assunto previamente baseado nos rumores que ouviram. A decisão já tinha sido tomada antes de se reunirem para jantar e era um consenso dentre o grupo. Levariam aproximadamente  5 dias de viagem até o seu destino. Se apressaram em terminar o jantar e com a ajuda do Lorde os suprimentos e todos os preparativos para a viagem foram providenciados.
            Padraig agradecera e desejara um boa viagem aos quatro amigos. No seu intimo sabia que não os veria por muito tempo e temia pela segurança do Abrigo.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Forasteiros

Por um longo tempo o medo rondava a cidade. Eram freqüentes os relatos de caravanas e de fazendeiros que eram atacados por grupo de kobolds nos arredores do Abrigo. O Vale Nentir nunca fora um lugar tranqüilo mas nos últimos tempos as coisas tinham piorado. Apesar de todo os esforços de Lord Padraig em manter a segurança, os 10 soldados que oficialmente formavam a guarda da cidade nada podiam fazer.  As dificuldades aumentavam a medida que a cidade tinha seus suprimentos e mercadorias escasseando pelos constantes saques.   Recordando disto entendo porque hoje a  cidade está aliviada e comemorando,  o povo realmente está  feliz.  Está certo que esse sentimento de  paz e segurança que a cidade vive é  temporário  mas é o suficiente para permitir que este colonos e residentes comemorem e saiam para as ruas neste dia da “Fundação”, onde crianças e adultos se reúnem na praça do mercado para cantar e dançar.   De fato a chegada daqueles 4  forasteiros mudara completamente a situação.  Os forasteiros  que menciono são 4 jovens aventureiros que a cerca de 1 mês chegaram pela primeira vez aqui no Abrigo do Inverno. Um grupo singular, 2 anões, 1 tiefling e 1 humano.  A cidade os recebera com desconfiança. Tinham vindo do Sudeste, de Queda Escarpada, embora nenhum deles seja oriundo de lá.. Fato é que a cidade do Abrigo do Inverno estava em uma situação bastante complicada, a ameaça constante dos Kobolds que oprimia os arredores era até pequena comparada a verdadeira ameaça causada pelo Cultistas de Orcus que operavam secretamente na região e recrutavam grupos de criaturas para causar confusão e distrair a todos de sua real intenção que era a  de abrir a antiga fenda do Pendor das Sombras. Aliás, muitos residentes do Abrigo nem lembravam dessa antiga história, e muitos até fantasiavam sobre a verdadeira utililidade da fortaleza em ruinas que ficava nas proximidades da cidade e a muito tempo deixara de ser vigiada pela tropas do império. Mas talvez em outra oportunidade possa contar lhes sobre isso.  Voltando   aos aventureiros, eles não chegaram aqui por acaso. Ouviram falar da situação do Abrigo do Inverno por relatos de mercadores aos quais estavam prestando serviço e resolveram partir em busca de recompensas. Vieram ao lugar certo na hora certa. Lord Padraig os contratara e hoje eles  são saudados e reconhecidos como heróis por todos os moradores do Abrigo . Não existe ninguém no vilarejo que não conte as histórias de Sirvalen, o valente guerreiro anão , de Shantala a austera paladina, Tewdric, o bruxo tiefling e o devoto Clariion, clérigo de Pelor. Peço que Tempus garanta vida longa a eles!!!

 Clariion - Clérigo de Pelor
 Shantala - Paladina de Moradin
 Sirvalen - Guerreiro de Moradin
Tewdric - Bruxo seguidor da Rainha da Rapina

terça-feira, 21 de junho de 2011

O Ferreiro do Abrigo do Inverno

Era final de tarde daquele típico dia de  inverno no Vale de Nentir. Da janela, Segor avistava sobre as muralhas de pedra, o cume coberto de neve dos Picos dos Velhos Marcos. Apesar da baixa temperatura e do vento gélido que assolava a cidade naquele dia, a sensação que ele experimentava era contraditória, sentia calor, calor este  que emanava das chamas da forja e do esforço físico repetitivo do  martelar constante no lingote de ferro que ele moldava.  A muitos anos este velho guerreiro, que em um passado distante havia sido um capitão da guarda do Imperio de Nerath, optara por fixar moradia no pequeno vilarejo. Estava velho fisicamente embora seu espírito continuasse ávido por aventuras e pelo sentimento de libertade que outrora sentia.  Trocara o calor das batalhas pelo calor da forja, sua segunda paixão. Desde então escolhera aquele vilarejo como sua casa e decidira abrir alí  seu pequeno comércio, " A Forja de Segor".
Seja bem vindo ao lar do ferreiro. A Forja de Segor está sempre aberta para aqueles que necessitam de armas e armaduras de qualidade, por sinal ,as melhores encontradas no Vale, ou  simplesmente para aqueles que desejam ouvir antigos contos de batalhas e glória.